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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

A PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA



A que é semelhante o Reino de Deus e com o que posso compará-lo? É semelhante a um grão de mostarda que um homem semeou no campo e que a menor de a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos.
Na pequena parábola do grão de mostarda, narrada em Lucas 13, 18-19, em apenas dois versículos, Jesus utiliza, novamente, a expressão "Reino de Deus", para transmitir conteúdos espirituais que dizem respeito a evolução do espírito imortais.
A escolha do grão de mostarda, considerada uma das menores sementes conhecidas naquele tempo, teve como propósito traçar um paralelo entre essa semente e a evolução do espírito. Assim, a menor das sementes, quando plantada em solo fértil, pode transformar-se em uma árvore frondosa.
As árvores não surgem prontas das mãos do Criador. Deus espalha pelo mundo sementes repletas de potencialidades, destinadas a se tornarem árvores majestosas.
Nesse contexto, o Livro dos Espíritos, em resposta às questões 115 e 118, elucidou que Deus criou todos os Espíritos de forma simples e ignorante, isto é, sem conhecimento. O objetivo é que todos alcancem a perfeição, um destino do qual ninguém poderá se esquivar.
Da mesma forma que as sementes, os espíritos, criados em sua simplicidade e ignorância, são lançados nos mundos materiais para que possam evoluir e, eventualmente, se tornarem espíritos puros.
Essa é a essência da parábola. A semente, ao longo de várias etapas de desenvolvimento, transforma-se em árvore. Ela começa seu trajeto na obscuridade da terra, rompendo a casca que a confina. Superando obstáculos do solo, surge como um tênue broto verde e, com o passar e repetição das estações, fortalece-se e cresce imponente.
No Capítulo 2 de "O Livro dos Espíritos", é elucidado que a jornada rumo à perfeição espiritual é trilhada através das incontáveis reencarnações em diferentes mundos materiais. É através destas sucessivas vivências corpóreas que o espírito desabrocha suas potencialidades intrínsecas, cultivando inteligência e refinando sua sabedoria.