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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

PARÁBOLA DA SEMENTE QUE CRESCE EM SEGREDO

 

O Reino de Deus é semelhante a um homem que lança a semente sobre a terra. Quer ele esteja acordado, quer ele esteja dormindo, ela brota e cresce, sem ele saber como isso acontece. É a própria terra que dá o seu fruto: primeiro aparece a planta, depois a espiga, e, mais tarde, os grãos que enchem a espiga. Quando as espigas ficam maduras, o homem começa a cortá-las com a foice, pois chegou a hora da colheita. (Marcos 4::26–29)

Nesta parábola, Jesus compara o Reino de Deus a uma semente que cresce em segredo. Uma vez semeada, ela se desenvolve independentemente de o semeador estar acordado ou dormindoNo Reino de Deus, que abrange todo o universo infinito, sementes são lançadas à terra pelo cultivador divino e se desenvolvem sem qualquer chance de fracassar. No mundo material, contudo, nem todas as sementes lançadas pelo agricultor germinarão.

Por meio desta parábola, Jesus elucida uma lei divina; a lei da evolução.  Esta determina que, uma vez criado o espírito, simples e ignorante, está destinado a perfeição, sem qualquer chance de retrocesso.

Esta verdade, enfatizada por Jesus, foi corroborada pelos espíritos responsáveis pela codificação espírita. Conforme evidenciado na resposta à pergunta 118 do 'Livro dos Espíritos', eles afirmam que, uma vez criado, o espírito simples e ignorante tem sua trajetória definida sempre em direção ao progresso e elevação, sem qualquer possibilidade de regresso.

118 - Os Espíritos podem se degenerar?

Não; à medida que avançam, compreendem o que os afasta da perfeição. Quando o Espírito acaba uma prova, fica com o conhecimento que adquiriu e não o esquece mais. Pode ficar estacionário, mas retroceder, não retrocede.

Por essa razão, a semente cresce e se desenvolve além da compreensão do semeador. Isso ocorre porque, uma vez criado, o espírito nunca morre; ao invés disso, ele é lançado às experiências existenciais[1] e continuará a evoluir, mesmo que não tenha consciência de sua própria trajetória evolutiva sob a tutela de Deus.

A figura do homem na parábola simboliza o espírito em seu trajeto evolutivo. A semente lançada ao solo é uma metáfora para o potencial divino intrínseco a cada ser. Assim como a minúscula semente contém em seu interior o potencial para se tornar uma árvore ou planta, o espírito carrega consigo as potencialidades divinas que gradualmente se revelarão à medida que ele evolui.

Aprofundando-se nos ensinamentos transmitidos pela parábola, percebe-se que o espírito, criado à imagem e semelhança de Deus, caminhará em direção a Ele, cumprindo o propósito para o qual foi criado – orbitar ao redor de Deus. Isso ocorre independentemente de seu estado de consciência, seja ele desperto ou adormecido, fenômeno que se manifesta tanto de dia quanto de noite.

Na parábola, o verbo 'dormir' carrega um significado espiritual, não se referindo a um estado fisiológico, mas a um estado de sono psíquico. Da mesma forma, 'desperto' alude a um estado de consciência alerta.

Esses estados de consciência são mencionados diversas vezes no Evangelho de Jesus. Um exemplo é a passagem em Mateus 8:22, que diz "deixe os mortos enterrar seus mortos". Essa frase só pode ser compreendida considerando-se que Jesus se referia a estados psíquicos, e não fisiológicos."

No livro 'O Ser Consciente', o espírito Joana de Angelis detalha minuciosamente esses estados de consciência aos quais Jesus se referia.

Deve-se considerar que muitas pessoas encarnadas se encontram em um profundo estado de sono espiritual. Estas são aquelas que nascem e reencarnam repetidamente com a consciência insensível aos valores espirituais. Por não compreenderem que as vivências são lições valiosas para seu amadurecimento espiritual, enfrentam suas experiências evolutivas com grande sofrimento. Assim, sem essa compreensão, sofrem, adoecem e se tornam infelizes.

Assim, esse ser, em estado de consciência adormecida, não compreende por que adoece e se revolta contra Deus. Não entende por que a vida colocou em seu lar pessoas desafiadoras e, muitas vezes, acaba por abandoná-las. Não consegue discernir por que seus sonhos não se concretizam, tampouco por que é vítima de violência ou foi abandonado por quem ama, entre outras adversidades.

Sem entender as experiências da vida, o ser humano passa por inúmeras existências físicas, acumulando ressentimentos, desafios, sofrimento e dor. Contudo, mesmo assim, evolui, muitas vezes de maneira inconsciente, pois mesmo em um estado de consciência adormecida, segue avançando. As experiências árduas e dolorosas da vida possuem justamente esse propósito: romper a casca que protege a essência divina presente em cada ser.

Neste estado, o trajeto evolutivo pode se estender por milênios. Contudo, esse percurso pode ser abreviado assim que o ser desperta para sua natureza espiritual e toma consciência de sua jornada em direção ao Pai.

A pergunta e resposta 169, do Livro dos Espíritos, é esclarecedora neste sentido:

169 - O número de encarnações é o mesmo para todos os Espíritos?

R. – Não; aquele que caminha rápido se poupa das provas.

A questão que nos surge é como caminhar mais rápido?

A resposta a esta pergunta é a grande mensagem que Jesus nos deixa na parábola.

A semente realiza parte de seu desenvolvimento no interior da terra, rompe a casca que a envolve na escuridão do solo, e, como diz Emmanuel, em Fonte Viva, cap. 171,  para isso sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas somente quando rompe todos os obstáculos passa a se orientar para cima, na direção do Sol. E a partir daí nascem-lhe as folhagens e depois os frutos.

A imagem do ser em um estado de consciência adormecida é análoga ao desenvolvimento da semente sob a terra. Na parábola, isso é representado pela semente que cresce durante a noite, enquanto o homem está adormecido.

Por outro lado, a imagem da semente que cresce durante o dia, enquanto o homem está acordado, faz uma analogia à segunda etapa do desenvolvimento da semente. Nesta fase, ela se liberta da casca protetora, rompe o solo e se volta em direção ao Sol. Isso representa o estado de consciência desperta.

Caminhar desperto significa orientar-se pelo grandioso Sol que ilumina a humanidade: Jesus. É compreender a finalidade das adversidades, como a doença, aceitando-as com gratidão e buscando aprender a partir da experiência. Significa amar e compreender aqueles que caminham ao nosso lado, seja no lar, no trabalho ou em qualquer ambiente de aprendizado e serviço. Devemos reconhecer que, em um planeta de provas e expiações, o mal ainda prevalece. Por isso, a violência pode surgir como uma visita inesperada, servindo como uma lição valiosa ou uma oportunidade de exercitar virtudes, conforme exemplificado por Jesus.

O ser que desperta reencarna e valoriza todas as experiências que a vida oferece. Ao enfrentar adversidades, busca extrair aprendizados, sem desfalecer diante das provas mais árduas. Ele tem a plena consciência de sua jornada em direção a Deus. Com tal entendimento, sua trajetória evolutiva torna-se mais ágil e plenamente mais feliz.

Para concluir a parábola, Jesus enfatiza que é a terra que produz seus frutos: primeiro surge a folha, em seguida a espiga e, finalmente, o grão que preenche essa espiga. Quando o fruto atinge sua maturidade, chega o momento da colheita.

É este o destino da humanidade: evoluir gradualmente até atingir a essência do Cristo, a máxima expressão do amor. A capacidade de doação desinteressada é a mais nobre manifestação desse amor. Ao vivenciar genuinamente o amor por si mesmo, pelo próximo e por Deus, o ser torna-se semelhante à espiga repleta de grãos, pronta para ser colhida e saciar a fome alheia.

Somente ao elevar-se a Deus, através do amor incondicional por todos, é que o ser humano se torna instrumento de Jesus, o Pão da Vida. Assim, ele passa não apenas a saciar sua própria fome espiritual, mas também a auxiliar o próximo a fazer o mesmo. Esse, afinal, é o objetivo maior da vida: produzir frutos em abundância.

O Reino de Deus é semelhante a um homem que lança a semente sobre a terra.  Quer ele esteja acordado, quer ele esteja dormindo, ela brota e cresce, sem ele saber como isso acontece. É a própria terra que dá o seu fruto: primeiro aparece a planta, depois a espiga, e, mais tarde, os grãos que enchem a espiga. Quando as espigas ficam maduras, o homem começa a cortá-las com a foice, pois chegou a hora da colheita.


Nesta parábola, Jesus compara o Reino de Deus a uma semente que cresce em segredo. Uma vez semeada, ela se desenvolve independentemente de o semeador estar acordado ou dormindo.

No Reino de Deus, que abrange todo o universo infinito, sementes são lançadas à terra pelo cultivador divino e se desenvolvem sem qualquer chance de fracassar. No mundo material, contudo, nem todas as sementes lançadas pelo agricultor germinarão.

Por meio desta parábola, Jesus elucida uma lei divina; a lei da evolução.  Esta determina que, uma vez criado o espírito, simples e ignorante, está destinado a perfeição, sem qualquer chance de retrocesso.

Esta verdade, enfatizada por Jesus, foi corroborada pelos espíritos responsáveis pela codificação espírita. Conforme evidenciado na resposta à pergunta 118 do 'Livro dos Espíritos', eles afirmam que, uma vez criado, o espírito simples e ignorante tem sua trajetória definida sempre em direção ao progresso e elevação, sem qualquer possibilidade de regresso.

118 - Os Espíritos podem se degenerar?

Não; à medida que avançam, compreendem o que os afasta da perfeição. Quando o Espírito acaba uma prova, fica com o conhecimento que adquiriu e não o esquece mais. Pode ficar estacionário, mas retroceder, não retrocede.

Por essa razão, a semente cresce e se desenvolve além da compreensão do semeador. Isso ocorre porque, uma vez criado, o espírito nunca morre; ao invés disso, ele é lançado às experiências existenciais[1] e continuará a evoluir, mesmo que não tenha consciência de sua própria trajetória evolutiva sob a tutela de Deus.

A figura do homem na parábola simboliza o espírito em seu trajeto evolutivo. A semente lançada ao solo é uma metáfora para o potencial divino intrínseco a cada ser. Assim como a minúscula semente contém em seu interior o potencial para se tornar uma árvore ou planta, o espírito carrega consigo as potencialidades divinas que gradualmente se revelarão à medida que ele evolui.

Aprofundando-se nos ensinamentos transmitidos pela parábola, percebe-se que o espírito, criado à imagem e semelhança de Deus, caminhará em direção a Ele, cumprindo o propósito para o qual foi criado – orbitar ao redor de Deus. Isso ocorre independentemente de seu estado de consciência, seja ele desperto ou adormecido, fenômeno que se manifesta tanto de dia quanto de noite.

Na parábola, o verbo 'dormir' carrega um significado espiritual, não se referindo a um estado fisiológico, mas a um estado de sono psíquico. Da mesma forma, 'desperto' alude a um estado de consciência alerta.

Esses estados de consciência são mencionados diversas vezes no Evangelho de Jesus. Um exemplo é a passagem em Mateus 8:22, que diz "deixe os mortos enterrar seus mortos". Essa frase só pode ser compreendida considerando-se que Jesus se referia a estados psíquicos, e não fisiológicos."

No livro 'O Ser Consciente', o espírito Joana de Angelis detalha minuciosamente esses estados de consciência aos quais Jesus se referia.

Deve-se considerar que muitas pessoas encarnadas se encontram em um profundo estado de sono espiritual. Estas são aquelas que nascem e reencarnam repetidamente com a consciência insensível aos valores espirituais. Por não compreenderem que as vivências são lições valiosas para seu amadurecimento espiritual, enfrentam suas experiências evolutivas com grande sofrimento. Assim, sem essa compreensão, sofrem, adoecem e se tornam infelizes.

Assim, esse ser, em estado de consciência adormecida, não compreende por que adoece e se revolta contra Deus. Não entende por que a vida colocou em seu lar pessoas desafiadoras e, muitas vezes, acaba por abandoná-las. Não consegue discernir por que seus sonhos não se concretizam, tampouco por que é vítima de violência ou foi abandonado por quem ama, entre outras adversidades.

Sem entender as experiências da vida, o ser humano passa por inúmeras existências físicas, acumulando ressentimentos, desafios, sofrimento e dor. Contudo, mesmo assim, evolui, muitas vezes de maneira inconsciente, pois mesmo em um estado de consciência adormecida, segue avançando. As experiências árduas e dolorosas da vida possuem justamente esse propósito: romper a casca que protege a essência divina presente em cada ser.

Neste estado, o trajeto evolutivo pode se estender por milênios. Contudo, esse percurso pode ser abreviado assim que o ser desperta para sua natureza espiritual e toma consciência de sua jornada em direção ao Pai.

A pergunta e resposta 169, do Livro dos Espíritos, é esclarecedora neste sentido:

169 - O número de encarnações é o mesmo para todos os Espíritos?

R. – Não; aquele que caminha rápido se poupa das provas.

A questão que nos surge é como caminhar mais rápido?

A resposta a esta pergunta é a grande mensagem que Jesus nos deixa na parábola.

A semente realiza parte de seu desenvolvimento no interior da terra, rompe a casca que a envolve na escuridão do solo, e, como diz Emmanuel, em Fonte Viva, cap. 171,  para isso sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas somente quando rompe todos os obstáculos passa a se orientar para cima, na direção do Sol. E a partir daí nascem-lhe as folhagens e depois os frutos.

A imagem do ser em um estado de consciência adormecida é análoga ao desenvolvimento da semente sob a terra. Na parábola, isso é representado pela semente que cresce durante a noite, enquanto o homem está adormecido.

Por outro lado, a imagem da semente que cresce durante o dia, enquanto o homem está acordado, faz uma analogia à segunda etapa do desenvolvimento da semente. Nesta fase, ela se liberta da casca protetora, rompe o solo e se volta em direção ao Sol. Isso representa o estado de consciência desperta.

Caminhar desperto significa orientar-se pelo grandioso Sol que ilumina a humanidade: Jesus. É compreender a finalidade das adversidades, como a doença, aceitando-as com gratidão e buscando aprender a partir da experiência. Significa amar e compreender aqueles que caminham ao nosso lado, seja no lar, no trabalho ou em qualquer ambiente de aprendizado e serviço. Devemos reconhecer que, em um planeta de provas e expiações, o mal ainda prevalece. Por isso, a violência pode surgir como uma visita inesperada, servindo como uma lição valiosa ou uma oportunidade de exercitar virtudes, conforme exemplificado por Jesus.

O ser que desperta reencarna e valoriza todas as experiências que a vida oferece. Ao enfrentar adversidades, busca extrair aprendizados, sem desfalecer diante das provas mais árduas. Ele tem a plena consciência de sua jornada em direção a Deus. Com tal entendimento, sua trajetória evolutiva torna-se mais ágil e plenamente mais feliz.

Para concluir a parábola, Jesus enfatiza que é a terra que produz seus frutos: primeiro surge a folha, em seguida a espiga e, finalmente, o grão que preenche essa espiga. Quando o fruto atinge sua maturidade, chega o momento da colheita.

É este o destino da humanidade: evoluir gradualmente até atingir a essência do Cristo, a máxima expressão do amor. A capacidade de doação desinteressada é a mais nobre manifestação desse amor. Ao vivenciar genuinamente o amor por si mesmo, pelo próximo e por Deus, o ser torna-se semelhante à espiga repleta de grãos, pronta para ser colhida e saciar a fome alheia.

Somente ao elevar-se a Deus, através do amor incondicional por todos, é que o ser humano se torna instrumento de Jesus, o Pão da Vida. Assim, ele passa não apenas a saciar sua própria fome espiritual, mas também a auxiliar o próximo a fazer o mesmo. Esse, afinal, é o objetivo maior da vida: produzir frutos em abundância.


[1] Ver questão 132 e 167 do Livro dos Espíritos