Jesus recomendou a todos a abstenção de e julgar os
comportamentos alheios.
Conhecendo a natureza íntima de todos os homens alertou-os
quanto ao erro que se comete ao julgar, porquanto as imperfeições morais
que carregamos na alma nos desautoriza a julgar o outro.
A doutrina espírita esclarece que todo aquele que julga o
outro expõe as próprias mazelas morais, pois os recursos
utilizados para a prolação da sentença residem na intimidade do ser, ainda
frágil e cheio de dificuldades morais e espirituais.
Foi por isso que Jesus convocou os homens que
iriam apedrejar a mulher adultera, a atirar a primeira pedra aquele
que estivesse sem pecado algum.
Eram criaturas doentias, pois estavam transferindo
para aquela mulher, também moralmente doente, as mazelas morais que traziam na
alma. A adultera seria para aqueles homens um bode expiatório. Ao apedrejarem
aquela mulher, aqueles homens sentiriam certo alívio íntimo porque
inconscientemente teriam a sensação de apedrejar as próprias imperfeições.
Quem seriam eles para julgar?
A verdadeira justiça é uma virtude que tem o propósito de
correção, de reparação, de forma sempre educativa. Justiça não é punição.
Deus, em sua infinita sabedoria e amor não pune ninguém.
Através de suas leis irrevogáveis, procura corrigir a criatura, orientá-la a
reparar pedagogicamente os erros cometidos.
Justiça verdadeira somente se dá se estiver acompanhada de
amor e compaixão por aquele que errou, buscando trazê-lo de volta para o
caminho do bem.
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