Quando Jesus proferiu o Sermão da Montanha, às margens do mar da Galileia, na cidade de Cafarnaum, proclamando serem bem-aventurados os aflitos, pois serão consolados, Ele não se referia a todos os que sofrem, mas apenas àqueles que sabem sofrer.
A resignação diante do sofrimento é uma conquista da alma e traz alívio ao sofrimento. A dor e o sofrimento são ferramentas de evolução do espírito que transita em mundos de provas e expiações, onde o mal predomina.
A respeito da dor, há significativas lições registradas por Leon Denis, no livro "O Problema do Ser, do Destino e da Dor". O espírito André Luiz, em "Ação e Reação", esclarece sobre os propósitos da dor como ferramenta de evolução, acrescentando que ela pode ter a finalidade de impulsionar a criatura para o crescimento. É a dor como evolução. Quando a dor tem o caráter de reparação de um erro cometido, cobrado por nossa memória espiritual que não esquece o mal que cometemos, estamos diante da dor como expiação. E, por último, quando somos freados no mal que estamos cometendo a nós mesmos e aos outros, passamos pela dor como auxílio.
Diante da dor, seja qual for seu propósito, a resignação é a atitude de quem humildemente se coloca em obediência à vontade de Deus. São para estes que choram resignados que Jesus prometeu consolar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário